O cuidador do doente de Parkinson

Vários estudos mostram que os sentimentos mais frequentes nos DP e seus familiares são, aceitação, revolta, vergonha e esperança .

O papel da família é muito importante para que o doente possa enfrentar a doença e manter um bom convívio com as mudanças e as dificuldades que acarretam as mesmas. Esta doença acarreta uma complexidade e dificuldade na convivência entre o cuidador e o doente, assim como também dificulta o relacionamento destes com os profissionais de saúde, sendo que sabendo destas condicionantes estes profissionais devem saber como agir. Os familiares destes doentes devem ter um papel estimulante, sempre tendo em conta as capacidades do mesmo, de forma a valorizar a sua independência .

A família deve ser compreendida, valorizada e devidamente preparada para estimular o doente, preservando assim as suas possibilidades e potencialidades. Esta doença e a sua progressão causam muitas dúvidas ao doente e ao cuidador, no que toca às habilidades motoras e consequentemente na forma como se reflecte no dia-a-dia . A tendência nestes casos é o de o doente piorar cada vez mais, o que exige paciência e estímulos constantes por parte dos cuidadores .

Desta forma, é necessária a sensibilização dos profissionais de saúde de forma a que consigam arranjar alternativas que facilitem o convívio entre o doente e cuidador, com a doença e as suas limitações, a fim de melhorar a sua qualidade de vida .

 

Tarefas que fazem parte da rotina do cuidador:

  • • Actuar como elo entre a pessoa cuidada, a família e a equipe de saúde.
  • • Escutar, estar atento e ser solidário com a pessoa cuidada.
  • • Ajudar nos cuidados de higiene.
  • • Estimular e ajudar na alimentação.
  • • Ajudar na locomoção e atividades físicas, tais como: andar, apanhar sol e nos exercícios físicos.
  • • Estimular actividades de lazer e ocupacionais.
  • • Realizar mudanças de posição na cama e na cadeira, e massagens de conforto.
  • • Administrar as medicações, conforme a prescrição e orientação da equipe de saúde.
  • • Comunicar à equipe de saúde sobre mudanças no estado de saúde da pessoa cuidada.
  • • Outras situações que se fizerem necessárias para a melhoria da qualidade de vida e recuperação da saúde dessa pessoa.

 

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Referências Bibliográficas

Navarro, Peternella , F. M. & Marcon, S. S. (2010). A convivência com a doença de Parkinson no perspectivado parkinsoniano e seus familiares. Ver. Gaúcha Enferm., Porto Alegre (RS).

Azevedo, Jacinto N. C. (2010). Sexualidade na Doença de Parkinson. Universidade do Porto, Faculdade de medicina, Serviço de psiquiatria e saúde mental, Porto

Peixinho, Azevedo & Simões (s.d). Alterações Neuropsiquiátricas da Doença de Parkinson. Psilogos: Revista do Serviço de Psiquiatria do Hospital Fernando Fonseca, 3(2),12-30.Retrieved from https://www.psilogos.com/Revista/Vol3N2/Indice6_ficheiros/Peixinho.pdf


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