Parkinson Tratamento
Uma vez que não existe cura para esta doença, o doente tem de recorrer aos diferentes tratamentos existentes que ajudam a proporcionar qualidade de vida ao paciente durante o máximo de tempo.
Tratamento Farmacológico 
As opções de tratamento farmacológico são: Levadopa, Selegilina, Amantadina, Angonistas da dopamina, Inibidores da COMT (catecol-O-metil transferase) e Anticolinérgicos.
Para complicações motoras precoces, são usados tratamentos alternativos às drogas dopaminérgicas, a selegina e amantadina, ou quando o tremor for o sintoma problemático, anticolinérgicos, lembrando os efeitos destes últimos a nível da cognição.
A reposição de dopamina é fundamental. A levodopa (precursor metabólico da dopamina) é considerada como a droga mais eficaz no alívio sintomático da DP e de outros parkinsonismos, pois é capaz de atravessar a barreira hematoencefálica, aumentando o nível de dopamina no cérebro, tentando assim corrigir o desequilíbrio neuroquímico. Para minimizar os efeitos negativos, actualmente, a L-dopa é administrada com carbidopa, um inibidor de descarboxilase, permitindo que uma percentagem mais alta de L-dopa atinja o sistema nervoso central, beneficiando o alívio da bradicinesia e a regidez .
Os distúrbios mais comuns da terapia com L-dopa são: gastrointestinais, agitação mental, cardiovasculares, genitourinárias, neuromusculares e distúrbios do sono.
A levodopa é recomendada apenas aos pacientes que se encontram nos estádios médio e avançado, pois tem uma duração média terapêutica de 5 a 10 anos. Supõe-se que isto ocorre devido à diminuição progressiva da resposta dos receptores de dopamina e à diminuição na capacidade central de armazenagem desta substância.
Em consequência da longa utilização da levodopa, o paciente pode experimentar flutuações de mobilidade designadas por “Efeito On-Off”, que se traduz através de oscilações da função motora caracterizadas pela alternância, muitas vezes imprevisível, entre um estado de boa função motora, geralmente associada a discinesias (período "on"), e um estado de profunda imobilidade (período "off"). São administrados para aliviar o “Efeito On-Off” medicamentos Agonistas da Dopamina.
Tratamento Nutricional
Este tipo de tratamento assume um papel importante, pois através de uma dieta especial o tratamento farmacológico torna-se mais eficaz.
Os pacientes são aconselhados a seguir uma dieta alta em calorias e baixa em proteínas, uma vez que estas podem bloquear o efeito da L-dopa, bem como devem aumentar a ingestão diária de água e fibras para aliviar problemas de obstipação. A rigidez muscular pode limitar a postura e os movimentos conduzindo assim a uma limitação no acto de comer e beber, como tal, torna-se por vezes necessário a adaptação dos utensílios alimentares.
Tratamento cirúrgico
Este tipo de tratamento não é aconselhado a todos os pacientes, sendo o paciente ideal aquele que durante vários anos apresentou boa resposta à medicação, mas que passou a desenvolver complicações decorrentes do tratamento e que não podem ser controlados clinicamente. Pacientes que tenham alterações cognitivas (demência) não devem ser operados .
O tratamento cirúrgico da DP pode ser dividido em duas grandes categorias: Técnicas Lesionais (destruição de determinada área cerebral) e Estimulação Cerebral Profunda (ECP).
A primeira grande área inclui a Palidotomia e a Talamotomia.
A talamotomia envolve a produção de uma lesão destrutiva dentro do tálamo (núcleo intermediário ventral). Pode proporcionar uma redução de 80% da intensidade do tremor. As complicações podem incluir distúrbios da fala e da linguagem, principalmente nas intervenções bilaterais.
A palidotomia envolve a produção de uma lesão destrutiva no globo pálido interno, é o procedimento cirúrgico de escolha no tratamento de discinesias induzidas por levodopa, promovendo uma notável melhora deste sintoma.
A estimulação cerebral profunda (ECP) é realizada através da introdução de um eléctrodo no cérebro onde bloqueiam os sinais nervosos que causam os sintomas. Esse eléctrodo fornece uma corrente eléctrica contínua que melhora os sintomas da doença e reduz os efeitos colaterais da medicação (principalmente as discinesias). Um marca-passo é implantado no tórax com um fio fino que vai por baixo da pele até aos eléctrodos no cérebro. A ECP pode melhorar a rigidez, o tremor e a velocidade dos movimentos. Esse tipo de cirurgia representa um grande avanço no tratamento cirúrgico, visto que melhora significativamente o desempenho do paciente nas actividades da vida diária, contudo o seu custo ainda é muito alto.
Terapia Celular
Actualmente, e com os grandes avanços a nível cientifico e tecnológico já é possível recorrer à terapia celular ou transplante de células fetais
A terapia celular baseia-se na introdução de um grupo de células em determinada área do organismo com o objectivo de substituir funcionalmente células que foram perdidas no curso de um processo degenerativo. As células que têm produzido grandes esperanças a milhares de pesquisadores e pacientes em todo mundo são as células-tronco (estaminais), células indiferenciadas capazes de multiplicar-se e diferenciar-se nos mais variados tecidos do corpo humano (sanguíneo, muscular, nervoso...) dependendo dos estímulos a que são expostas.
As células-tronco embrionárias podem originar todos os tecidos do organismo em formação, atraindo a atenção de cientistas de todo o mundo e criado esperanças para os pacientes de DP.
https://www.youtube.com/watch?v=OxAAbL1tBNY
https://www.youtube.com/watch?v=kgpjGaJo19E&feature=related
Bibliografia do farmacológico
Mead, M. (2000, Janeiro). Medicamentos para a doença de Parkinson. Nursing, 140, 41-42.
Bravo, P., & Nassif, M. (2006). Doença de Parkinson: Terapêutica atual e avançada. Infarma, 18 (9/10), 25-29.
O’ Sullivan, S. (2004). Doença de Parkinson. In S. O’ Sullivan, & T. Schmitz (Eds.), Fisioterapia: Avaliação e Tratamento (pp.747-782). Manole, São Paulo.
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Bibliografia do nutricional
O’ Sullivan, S. (2004). Doença de Parkinson. In S. O’ Sullivan, & T. Schmitz (Eds.), Fisioterapia: Avaliação e Tratamento (pp.747-782). Manole, São Paulo
Bibliografia do cirúrgico
Bravo, P., & Nassif, M. (2006). Doença de Parkinson: Terapêutica atual e avançada. Infarma, 18 (9/10), 25-29.
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Bibliografia da Terapia Celular
Bravo, P., & Nassif, M. (2006). Doença de Parkinson: Terapêutica atual e avançada. Infarma, 18 (9/10), 25-29.
Bibliografia da reabilitação
Santos, I., & Pereira, P. (2004, Janeiro/Junho). Doença de Parkinson: Saberes teóricos e práticos. Informar, X (32), 21-25.
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Fagerson, T., & Krebs, D. (2004). Biofeedback. S. O’ Sullivan, & T. Schmitz (Eds.), Fisioterapia: Avaliação e Tratamento (pp. 1093-1011). Manole, São Paulo